Mantém-se triste, amorfo e deprimido o nosso maior emblema da cidade. Os últimos episódios são elucidativos de um clube em total desnorte e, pior, sem perspectivas de retoma. Senão vejamos:
1. O actual treinador de futebol, no final primeiro jogo à frente da equipa (por sinal miserável e contra o Vieira do Minho, clube de grande historial nos distritais de Braga) diz-me com ar de total satisfação: "é pa, este empate foi óptimo. Dá para repor a confiança!". No mínimo empolgante para qualquer adepto...
2. Na mesma semana, o ex-treinador que na pré-época falava de um monstro adormecido, dizia que o clube nem um aparelho de recuperação física tem para os atletas.
3. A equipa de Voleibol que não recebe há meses o seu ordenado, fez um frete nos Açores e saiu eliminada da Taça de Portugal. Agora discute a passagem à final do campeonato mas, ao que parece, o entusiasmo não abunda para aqueles lados.
4. A equipa de futebol tem ordenados em atraso desde Janeiro.
5. O clube está à beira do colapso financeiro mas sustenta oito brasileiros e um cubano nas suas equipas profissionais e tem dirigentes, nomedamente na secção de Voleibol com vencimentos superiores a dois mil euros/mês.
6. Sucedem-se episódios caricatos, como o último que tive conhecimento a respeito da equipa de juniores. Os pais dos atletas desta equipa - que se apurou para a fase final do seu campeonato e, por via desse conquista, terá de jogar na Madeira - terão de comparticipar a viagem dos seus filhos, tal como já acontece relativamente a equipamentos de treino e de jogo. Verdadeiramente surreal, se atendermos a que se tratam de condições que qualquer clube assegura aos seus atletas.
Está mais balente que nunca o nosso Espinho, não acham?
NS
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