Os trabalhadores, na sua maioria mulheres, mobilizaram-se e conseguiram impedir o transporte das máquinas, obrigando a empresa a descarregar os camiões e a colocá-las de novo na empresa.
Apesar de terem sido mandados para casa, decidiram apresentar-se nos seus postos de trabalho hoje, dia em que está prevista uma reunião entre a gerência e o Sindicato Têxtil de Aveiro (STA)."Esta paragem não foi devidamente explicada. Não sabemos exactamente qual o seu enquadramento legal, porque há versões diferentes. Só a custo garantiram que seria sem perda de vencimento e com compensação de dias", declarou Leonilde Capela, coordenadora sindical.
Apesar de alguns problemas financeiros decorrentes de dívidas à banca e Segurança Social, a Jotex, com quase meio século de laboração, tem garantido o pagamento dos salários e uma boa carteira de encomendas. O depositário das 21 máquinas penhoradas, Manuel Oliveira, deu conta da existência de cobranças coercivas na ordem dos três milhões de euros, em grande parte movidas pela Segurança Social.
Para a União dos Sindicatos de Aveiro, a Jotex estará a "utilizar a crise" para despedir e retirar direitos aos trabalhadores.
Diário de Notícias
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