2.1.09

2008: Avaliação

Não será uma avaliação com o grau de complexidade da dos professores, no entanto, proponho um pequeno balanço do que foi 2008 para Espinho, distinguindo os factos e acontecimentos que marcaram, positiva e negativamente, a agenda do concelho:

Positivo:

- Rebaixamento da via-férrea: demorou mais do que o prazo inicialmente previsto, no entanto, aplaudo a sua conclusão pelo simples facto de ter significado o término de um calvário que já demorava há três anos, para cidadãos, comerciantes e turistas.

- Encerramento das urgências: Um medida inevitável, atendendo à má qualidade do serviço até aqui prestado na urgência de Espinho e que trouxe como contrapartida a melhoria de outras unidades dentro do Hospital.

- Reorganização do mapa escolar: a nova carta escolar do concelho que entrou em vigor no último ano lectivo, creio ter sido uma medida de agilização e de desburocratização do ensino.

Negativo:

- O rebaixamento da via-férrea: representou uma das maiores atrocidades urbanas jamais consumadas em Espinho, a guetização dos extremos Norte (Rio Largo) e Sul (Bairro Piscatório) da cidade. Aconselho, quem discorda desta ideia, a dar uma espreitadela à zona frontal da antiga Fábrica Brandão Gomes e verificar o espaço existente entre o muro de protecção à via-férrea e a entrada do edifício. Aconselho ainda a avaliarem esteticamente os referidos muros e o enquadramento que estes dão às habitações mais próximas. Aconselho, por fim, a ouvirem a opinião dos moradores do Bairro Piscatório, como a dona da casa “O Peixeiro”, cuja voz crítica foi notavelmente calada por Sónia Araújo nesse inolvidável programa da Praça da Alegria, junto à Piscina Solário Atlântico.

- Impasse no Estádio: a novela do Estádio parecia ter o seu episódio final com o anúncio do arranque da construção, em Novembro último. Qual enredo da Globo, a coisa vai-se estender até 2009.

- Turismo: uma cidade com uma suposta vocação turística, oferece como único evento de Verão a festa da cervejola, com a sua leve e fresca “brisa do mar”. Já para não falar da constrangedora falta de movida nocturna na época alta e na precária oferta hoteleira. Até a restauração já viveu melhores dias.

- Oposição adormecida: onde andam as vozes críticas em Espinho? Onde andam os políticos da oposição a manifestarem-se contra o estado de letargia a que chegou a nossa cidade?

Deixo aos nossos estimados leitores, estas notas para reflexão e proponho que acrescentem os factos que, na sua perspectiva, marcaram o ano espinhense.
N.S.

1 comentário:

cidade aos quadradinhos disse...

Algum dia tinha que acontecer! Não podemos concordar em tudo, senão isto não teria piada.

Para breve um post sobre o porquê de eu ser contra o encerremento das urgências.
Quanto ao mais, não diria melhor.
aa