Apetece-me dizer que não existe comércio tradicional em Espinho mas sim, uma visão tradicional de comércio, com dois responsáveis muito concretos: a autarquia e a Associação Comercial de Espinho.
Na obstinação de manter "vivo" o comércio na cidade, a Câmara não cede um milímetro na eventual criação de uma grande superfície em Espinho. A esta posição não está alheia, evidentemente, a promiscuidade existente entre o executivo e a Associação Comercial, que se traduz no paradoxo de, esta instituição, não preservar os interesses dos comerciantes mas antes, preservar o seu status político, como se vê nesta questão última dos parquímetros. Haverá medida mais nefasta para os comerciantes do que a colocação de parquímetros em todo o centro urbano, sem haver outras alternativas?
Falo em obstinação, porque se trata, em si mesma, de uma posição intransigente e absolutamente questionável. O comércio tradicional em Espinho está estagnado, à espera de uma injecção de vitalidade que não chega de nenhum lado. As grandes superfícies florescem nos concelhos vizinhos, mesmo nas fronteiras geográficas do nosso concelho, como é o caso do Modelo em S. Félix da Marinha, atraindo poder de compra e mão de obra...espinhense! Depois não adianta defender com unhas e dentes o comércio tradicional e depois dar-lhe de presente envenenado, uma requalificação urbana parcial, a ausência de parques de estacionamento, ou as obras intermináveis do rebaixamento da ferrovia. Se não houver uma inversão nesta política, temo francamente que caminhemos para o definhamento do comércio tradicional em Espinho.
19.12.08
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