Perdoem-me mas a palavra "complexo" começa a fazer parte de um certo léxico do "quadradinhos". Isto porquê? Por culpa de um “Complexo de Ténis de Espinho”, cujo nível de complexidade transcende o do próprio nome.
Há cerca de dois meses fiz uma entrevista com a ex-campeã nacional de ténis, Ana Catarina Nogueira, que durante dois anos foi coordenadora de treino daquela infra-estrutura. Resumidamente, a Ana foi despromovida das suas funções pela nova direcção técnica que havia, por sua vez, sido indigitada pela administração do Complexo por sugestão da Câmara Municipal de Espinho, que também não estava contente com o rumo que a coisa levava. Acontece que, em dois anos, a treinadora conseguiu os melhores resultados nacionais que a Academia e a Escola de Ténis de Espinho alguma vez teve. Pelos vistos não foi suficiente e a Ana Catarina foi convidada a treinar miúdos de iniciação, ou seja, daqueles que mal podem com a raquete. Escusado será dizer que ela não aceitou tão estimável convite.
Esta é mais uma história do enorme rigor e profissionalismo com que a coisa pública é gerida aqui no nosso pequeno reduto. Em Espinho, curiosamente, existem instituições que têm competência técnica e know-how para gerir um verdadeiro equipamento de ténis orientado para a formação de atletas. É o caso do Clube de Ténis de Espinho que recentemente comemorou o seu aniversário e que (espantem-se)....se queixou de não ter instalações próprias para desenvolver a sua actividade! Perante tudo isto, a autarquia prefere que seja a ADCE a explorar o Complexo, talvez para manter alguns gestores em part-time, que se dedicam a outras actividades profissionais e raramente põem os pés nesse tal....Complexo. Digam-me lá se esta cidade não é esquizofrénica?
11.12.08
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1 comentário:
ahaha Mas para quê ter pessoas da área, especialistas, ainda por cima com bons resultados, à frente das infra-estruturas? Tretas...
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