23.7.09

pequenos detalhes

Acabei de tomar um café na esplanada, subi a 23 e deparei-me com umas curiosas barreiras de segurança nas vias outrora destinadas a velocípedes. Pelos vistos, a Câmara faz intenção em fazer cumprir esse desígnio inicial, ou seja, tirar de lá os automóveis e colocar lá a malta a pedalar. Mas será que só 9 anos depois é que se lembraram de o fazer? Será que só a partir desta altura, em que o estacionamento é pago, é que faz sentido cumprir a lei? Última pergunta retórica aos estimados leitores: sem rua 2 ao fim de semana, sem metade do estacionamento na 23, onde raio é que a malta vai parar o carro em Espinho?

22.7.09

rir para não chorar

Paulo Mendes critica política de favorecimento do voleibol.

Jornal de Espinho

aa

21.7.09

bom ambiente II

Já agora, gostei de ver o levantamento popular que vi praticamente consumado no artigo do JN. Pelo menos foi o que pensei, quando li as declarações inflamadas de uma espinhense bem conhecida na rua 2, que afirmava ir cortar os cadeados e que a coisa "não ia ficar assim". Pelos vistos ficou....e ninguém levantou uma voz.

bom ambiente

A forma como a rua 2 foi fechada revela uma praxis política profundamente errada mas que, infelizmente, vai sendo norma em Espinho. Uma prática em que a comunidade não participa nos actos de decisão, não é ouvida, não é tida nem achada em relação ao que se passa - literalmente - à sua porta. Faz-se, deita-se abaixo, corta-se. Assim, sem mais nem menos, nem que seja no pior timing e com a pior desculpa do mundo. Sim...porque ninguém acredita que cortar o trânsito em apenas uma (!) rua da cidade vai produzir qualquer efeito na "qualidade do ar".
N.S.

pelo ambiente (?)

Marginal fecha ao trânsito aos fins-desemana

A Rua 2, junto às praias de Espinho, vai ser fechada ao trânsito ao fim-de-semana, durante todo o Verão, e já a partir de amanhã. A medida da Câmara, levada a cabo em prol da qualidade do ar, está a revoltar os comerciantes.

Demonstrando total desconhecimento acerca da medida que vai ser adoptada pela Câmara de Espinho, com vista à melhoria da qualidade do ar, já a partir de amanhã, responsáveis pelos vários restaurantes da Rua 2 - cuja parte aberta ao trânsito é cerca de metade da marginal da cidade -,bem como banhistas e veraneantes, mostravam-se, ontem, surpreendidos e revoltados.

O porquê de tal medida, explicou Manuel Rocha, prende-se então, com um compromisso assumido pela Câmara no âmbito de um plano de melhoria da qualidade do ar levado a cabo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte de forma a diminuir a quantidade de partículas PM10. Além do fecho da Rua 2 ao trânsito ao fim-de-semana, a Câmara adoptou também por medida a proibição de circulação de veículos pesados de mercadorias a poente da Avenida 32. Até agora era só a partir da Rua 20 para poente.

O JN procurou saber qual a opinião do presidente da Junta de Freguesia de Espinho, Rui Torres, mas este mostrou-se tão surpreendido com a medida como todos os outros.
aa

5.7.09

dia da cidade: o estado do sítio II

Começo por lançar não um mas, os dois sapatos, a quem mandou pintar de Vermelho aquele mamarracho, perdão, aquele edifício na Mata! Se pretendem que seja património da cidade, aquele Vermelho é uma autêntica aberração não só para o zona que o rodeia mas, também, para uma cidade inteira a quem um dia alguém baptizou de “Rainha da Costa Verde”!... (...) Também lanço o sapato ao responsável, ou responsáveis, do emparedamento de todos aqueles espinhenses que a Sul e a Norte da cidade se viram como que enjaulados na sua própria casa. (...) Ainda lanço um sapato a quem inventou construir aquela estrutura nos terrenos afectos ao parque! Nada contra uma Biblioteca… outra coisa que fosse, não interessa… ali, naquele local, não, nunca, jamais devia acontecer um implante daqueles. Por vários motivos mas, o que mais me incomoda, é o «assalto» que se continua a fazer ao único espaço verde que há… que havia… no interior da cidade. Resultado: Espinho fica mais afunilado e, obviamente, com menos qualidade de vida. Henrique Sá Couto



Espinho está em declínio com a perda da indústria tradicional, da praia, lazer e até da importância como interface de transportes. (...) Há hoje uma enorme diferença de equipamentos entre a Freguesia de Espinho e o resto do Concelho.Construíram-se equipamentos sem sustentabilidade e autênticos monstros sorvedores de dinheiro necessário ao desenvolvimento equilibrado de Espinho. Da Nave não se conhece um único cêntimo de receita. Não são apresentadas contas. O Multimeios é um desastre de gestão e uma máquina de despesa para a Câmara. A Brandão Gomes, nem sequer se sabe para que serve. (...) O gasto mais criticável em que se comprometeram as contrapartidas do jogo foi o enterramento da linha. Do ponto de vista urbanístico é um erro ter separado ruas por muros. Do ponto de vista ambiental é asneira. Do ponto de vista do crescimento do Concelho é um erro, já que este se faz para Anta e não para o mar. E o pior de tudo é o crime do ponto de vista social que divide a cidade e as freguesias. António Regedor



Não me parece que o futuro da expansão de Espinho se deva restringir a zonas de vivendas para empresários ou quadros superiores (tipo Miramar), pois uma cidade para sobreviver e alimentar as suas actividades económicas precisa de uma certa massa crítica, preferencialmente mais rejuvenescida, e já vimos caminhando perigosamente para os mínimos em ambos. (...) Espinho tem mar e um casino. Apenas meia dúzia de localidades possuem ambos em Portugal, e julgo que todas cresceram e continuarão a crescer. Porquê? Espinho não cresceu porque perdeu atractividade, porque tem prosseguido políticas e práticas erradas há longos anos, que levaram a que tivesse preços de habitação absurdamente caros para a pequena cidade que é. José Serrano

As crónicas podem ser lidas na íntegra no Jornal de Espinho. aa

1.7.09

FACE: alguém terá contactado este senhor?

Trocou as corridas de motocrosse, há 30 anos, pela fotografia e pelo coleccionismo. Hoje possui o maior acervo fotográfico sobre Espinho, mas o futuro deste espólio de 80 mil películas é uma incógnita.

Da inauguração do primeiro casino à abertura da estação dos caminhos-de- ferro, os principais acontecimentos que ajudaram a fazer de Espinho, no passado, uma das mais atractivas zonas balneares do Norte do país fazem parte da colecção de fotografia de Carlos Salvador. Neste impressionante acervo particular, há também testemunhos das invasões de mar que, durante anos, fustigaram a população local ou exemplos do florescimento e posterior decadência da actividade piscatória.

O espólio não retrata apenas os tempos áureos de Espinho. Ainda hoje, Carlos Salvador faz questão de fotografar o quotidiano da cidade, sejam as obras de requalificação da linha férrea ou as festividades em honra da Nossa Senhora da Ajuda, a padroeira local.

Com 60 anos e dois enfartes recentes, o fotógrafo pensa já no futuro da colecção. Sem descendentes directos, teme que o espólio venha a ficar disperso, vítima de disputas familiares. "Gostava que isto estivesse ao serviço da cidade, mas não vejo os políticos a interessarem-se", lamenta.

O Fórum de Arte e Cultura de Espinho - na antiga fábrica de conservas Brandão Gomes - seria, à partida, o local ideal para acolher esta colecção. Todavia, apesar de o espaço estar à espera de inauguração há mais de um ano e de não existirem sequer planos concretos para a sua dinamização, Carlos Salvador reconhece com tristeza não ter sido sequer contactado pela Câmara.


JN de 24/04